Início » Dia da Bandeira Ucraniana
Os ucranianos e seus descendentes pelo mundo inteiro celebram o Dia da Bandeira no dia 23 de agosto.
As cores azul e amarela, representando o céu azul e os trigais dourados que ondulam nos campos da Ucrânia, eram usados desde o tempo do Império, no séc. XIV. Eram utilizadas nos brasões dos governantes, nos pórticos das cidades e, principalmente na frota naval.
No período de 1600-1800 grande força no território ucraniano exerceram os cossacos (guerreiros livres, fugitivos do domínio polonês e lituano que se rebelavam contra o governo). Eles criaram a sua república chamada de Zaporizhka Sitch. Adotaram as cores azul e amarela para confeccionar os seus estandartes e, gradativamente, estas cores tornaram-se o símbolo de luta na defesa da religiosidade e da nacionalidade ucraniana.
No seu formato atual, pela primeira vez, a bandeira da Ucrânia foi hasteada como símbolo nacional ucraniano no dia 25 de junho de 1848, no topo da sede do Governo local, em Lviv (oeste do país). A partir daí o pendão azul-amarelo foi ganhando espaço nos corações da população, difundindo-se o seu uso para outras regiões da Ucrânia.
Quando a Ucrânia declarou a sua independência e tornou-se a República Popular da Ucrânia (1918) a Bandeira azul-amarela, com o seu significado original, tornou-se um símbolo nacional.
No período entre as Grandes Guerras, assim como o Brasão e o Hino, a Bandeira foi o símbolo da luta pela independência. Assim também com a instituição da União Soviética, teve o seu uso proibido, mas sempre fora usada clandestinamente pelos ucranianos e pela diáspora.
Com a queda do regime comuno-socialista soviético e a independência da Ucrânia (24 de agosto de 1991), o Parlamento instituiu a Bandeira azul-amarela como seu símbolo, em respeito à tradição cultural e geo-política, Em 1996, a Constituição da Ucrânia, no seu artigo 20, a oficializa como um dos seus símbolos nacionais.
Assim como o Tridente, a bandeira é habitualmente usada pelos ucranianos e descendentes na imigração como manifestação de amor à Ucrânia, civismo e patriotismo.
Felomena Procek, CSCJ